quinta-feira, 15 de julho de 2010

A complementaridade, da física às ciências humanas.

A complementaridade, da física às ciências humanas.


O princípio da complementaridade foi enunciado por Niels Bohr (http://pt.wikipedia.org/wiki/Niels_Bohr) em 1928 e assevera que a natureza da matéria e energia é dual e os aspectos ondulatório e corpuscular não são contraditórios, mas complementares.

Ao tentar se compreender a matéria no nível mais elementar tínhamos resultados diferentes de acordo com o tipo de experiência, assim uma determinava que a partícula tinha a natureza ondulatória, como uma onda, e outra experiência parecia indicar uma natureza corpuscular, como se a partícula fosse uma pequena esfera sólida.




Isto significa que a natureza corpuscular e ondulatória são ambas detectáveis separadamente e surgem de acordo com o tipo de experiência. Assim, na experiência da dupla fenda (http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_da_dupla_fenda ) a natureza evidenciada da luz é ondulatória, ao passo que no experimento do efeito fotoelétrico,( http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_fotoel%C3%A9trico ) a natureza que ressalta é a corpuscular, como demonstrou Einstein.

Essa constatação foi muito perturbadora na época, pois a base de nossa ciência houvera sido a experimentação, e agora esta apresentava resultados ambíguos. Foi quando Niels Bohr propôs a teoria da complementaridade.

A partir do fato de que dependendo do tipo de experiência tínhamos resultados diferentes, e de que, olhado de uma certa forma, o átomo apresentava um certo comportamento e de uma outra maneira o átomo apresentava outro comportamento, foi que os cientistas perceberam que o que se observa, dependia em grande parte do observador.

A grande 'sacada' de Neils Bohr foi perceber que as diversas visões não eram excludentes e sim complementares, a teoria da complementaridade, apontava para o fato de que as diversas visões podem enriquecer a visão geral sobre a realidade, que não pode ser diretamente conhecida. Se pudermos ver o átomo através de diferentes abordagens poderemos então compreende-lo de forma mais completa.


A complementaridade ficou clara no estudo da partícula, porém, se observarmos com cuidado, ela se aplica as mais diversas modalidades do conhecimento. Nas terapias vemos isso a todo tempo.
Se consultarmos dois médicos sobre um mesmo problema, poderemos encontrar propostas muito diversas de tratamentos, isso acontece porque um médico entendeu o problema de uma forma e outro de outra forma. Se eles pudessem conversar talvez descobrissem uma visão complementar que unisse e enriquecesse as duas. Ao mesmo tempo é provável que tanto uma visão de tratamento quanto a outra seriam efetivas sozinhas. Em geral optamos por uma forma de tratamento e ela resolve nosso problema de forma mais ou menos eficiente.




Aqui encontramos o espaço para as terapias complementares, que é um nome muito aplicado as terapias holísticas. Na forma como as conheço, elas não buscam substituir tratamentos médicos, podem antes ampliar sua efetividade, atuando através de uma outra visão, complementar, que atue sobre o todo, promovendo o poder de cura do organismo, melhorando a circulaçãi sanguinia, que pode facilitar a atuação de um remédio, olhando para o ser humano na sua frente e aliviando de alguma maneira seu sofrimento. Aspectos para uma melhora geral, que aumentem a vontade de viver e a condição pessoal do paciente de enfrentar um tratamento por exemplo.


Eis a complementaridade, um conceito oriundo da física quântica que se mostrou eficaz em todos os campos do conhecimento. Se pudermos perceber que a forma como conhecemos o mundo depende do nosso olhar, entenderemos que o fato de alguém não ver como você vê, não o torna seu inimigo, nem quer dizer que ela discorde de você, podemos ter humildade e aprender com a visão de cada um, enriquecendo nossa própria maneira de ver o mundo, e gernado um aumento do poder de autuação das ciencias, sobre a realidade.





Ecologia, Economia, Responsabilidade universal

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